domingo, 31 de julho de 2011

hiatus

Tenho andado mais ocupada com outras coisa do que queria. À falta de melhor decidi parar de escrever até acabar a faculdade, ou pelo menos é isso que penso fazer. Talvez algum dia tenha tempo para escrever um pouco mais. Tenho mais um capítulo escrito há 2 anos. Mas além disso, não tenho mais nada escrito e não tenho andado com cabeça para pensar em escrever mais.

Capítulo X

Jennya apareceu no limiar da clareira que rodeava o salgueiro da reunião. Vendo Gaizer e Diuhsa a serem arrastados por membros do conselho, interveio com uma voz autoritária.
- Façam o favor de largar os dois elfos. Responderei por eles perante vós.
Reconhecendo a forma de falar e a voz de Jennya, o elfo do conselho que aparentava a sua idade emitiu um grito sufocado de surpresa.
- Jennya!!! Princesa Jennya.
- Ah! Pois é. – disse uma elfo que estava ao seu lado.
Jennya, olhou para quem tinha falado. Para o seu espanto encontrou o seu melhor amigo Landor, e uma fada de Aernet.
- O que é que vocês fazem aqui? Supunha que estavam em Aernet.
Landor sorriu, aproximou-se e abraçou Jennya.
- Sou convidado do conselho… É bom, saber que apenas desapareceste e não morreste. Aernet espera por ti. Vamos precisar de dar uma lição aos velhotes lá em cima. Afinal foram eles que primeiro esqueceram as lições que nos ensinaram.
- Certo. Mas primeiro há que libertar aqueles dois ali. – respondeu Jennya apontando para Gaizer e Diuhsa. – São a minha nova família.
A um gesto de Landor, Gaizer e Diuhsa foram libertados.
- Landor, pudeis explicar por favor quem é esta senhora? – o ancião perguntou.
- Ancião, esta é Jennya, conheço-a desde de sempre.
Diuhsa ficou intrigada com a apresentação de Landor. Afinal, a rapariga tinha-lhes dito que se chamava Edmees, e não conseguia encontrar nenhuma razão para ela lhes mentir.
- Ancião, prazer em conhecê-lo. Há muito para lhe contar. – Jennya cumprimentou o ancião.
- Senhora Jennya, faça o favor de se sentar. Sente-se todos.
Obedecendo o ancião todos se sentaram na relva, ao lado do salgueiro, incluindo Gaizer e Diuhsa.
- Ancião, julgo que tem rezado? – Jennya começou.
- Tenho sim, minha senhora, porque pergunta?
- Por curiosidade. Apenas queria saber quanto os elfos ainda acreditam nos deuses lá no céu. – Jennya sorriu com ironia nitidamente expressa.
- Senhora Jennya, penso ser um insulto o comentário que fez. É evidente que tudo aquilo que temos nos foi concedido pelos deuses. Devemos estar todos agradecidos por isso.
- Não é isso que me parece estar a acontecer. – respondeu Jennya com frieza.
Landor, vendo Jennya zangada pela primeira vez, sentiu que algo de sério estava para vir.
- Jennya, onde queres chegar? O conselho não tem muito tempo para se reunir.
- Tudo bem, nesse caso, vou ser directa. Aernet, a cidade sagrada dos deuses foi dividida pela guerra, razão pela qual também esta terra, a dos elfos foi assolada pela miséria, maldade e guerra.
Ouvindo o relato de Jennya, os elfos presentes não puderam evitar abrir a boca de espanto.
- Mas, a guerra em Aernet acabou, pelo menos na aparência. Os deuses compensaram os elfos com abundância. Elfos, a guerra acabou? Não. Pelo que sei, apenas piorou o que começou. Povo Sagrado, vós sois aqueles abençoados pelos deuses, o favorito dos deuses. Como podeis continuar algo que sabeis ser errado? É certo que os deuses desapontaram os elfos… possivelmente, mas é certo também que os elfos não podem desapontar os deuses.
Jennya fez uma pausa. Os presentes reflectiram sobre as palavras proferidas. Apenas o ancião, Landor e uma fada que trouxe consigo não se questionavam sobre a identidade de Jennya.
- Não deviam estar a pensar em parar com este disparate? Sei que uma grande maioria deseja voltar à rotina pacífica, mas quem será o primeiro? Quem será o corajoso, ou talvez a corajosa, que se atreverá a retirar-se primeiro da guerra?
Quando Jennya acabou, fixou o seu olhar no ancião. Entendendo a questão silenciosa que lhe estava a ser colocado, o ancião acenou ligeiramente com a cabeça. Então, Jennya levantou-se e afastou-se com Landor, a fada acompanhante, Gaizer e Diuhsa. Sentaram-se em silêncio. Não esperaram muito tempo. A decisão do conselho foi rápida, muito mais rápida do que Jennya esperava.
- Senhora Jennya… - começou o ancião. – Excelência… Eminência… Majestade…
- Alteza. – esclareceu Jennya perante a indecisão do ancião.
- Alteza, o Povo Sagrado retirar-se-á da guerra imediatamente. Esforçaremos por manter a paz e prosperar no nosso território.
- Agrade-me saber que as nossas perspectivas coincidem. – Jennya sorriu.
- Alteza, se me é permitido, gostaria de saber quem vós sois.
- A nossa apresentação foi feita, ancião. – Jennya brincou. – Sou Jennya, a mais nova dos deuses da família real, agora, possivelmente, a única. Este é Landor, o meu primo. Estes são Gaizer e Diuhsa, os elfos com quem tenho vivido. Também sou conhecida como Edmees, aqui, entre os elfos.
Apesar de suspeitar Jennya ser uma deusa, devido ao seu ar nobre e majestoso, o ancião nunca pensara poder estar perante provavelmente a próxima Senhora do universo.
- Ancião, esperaremos pelas boas notícias do Povo Sagrado. – Jennya despediu-se.